terça-feira, 18 de outubro de 2011

Honey, I'm home!

Voltei, meu povo! Com uma cicatriz na fuça, muita dor na cabeça ainda, o olho direito meio contundido e uma vontade da porra de viver. Tenho 200 coisas pra contar. Mas vou contando aos pouquinhos, tá. Não tô podendo ainda ficar muito tempo sentada, muito menos forçando a vista no computador.

Sei que a cicatriz vai, em algum momento, deixar de ser a única coisa que aparece no meu rosto, como agora. Já sei que sobrevivi a uma cirurgia maluca e ando sendo vista como um pequeno milagre ambulante aqui - havia o risco de eu não andar mais e de ficar cega do olho direito; mas, por ora, a única sequela é a visão reduzida do mesmo olho, problema que ainda pode retroceder.

Ah, sim, uma novidade: depois que cheguei aqui no hospital, o aneurisma encontrado num exame de rotina "virou" dois - acharam mais um - e, na mesa de operação, encontraram um terceiro. Portanto, é o que parece. Nascida em 18 de setembro, acabo de ganhar outra data da aniversário: 12 de outubro, que foi o dia da cirurgia. Oremos!

Mas uma coisa não me sai da cabeça. Com essa cicatriz na cara (está acima da linha do couro cabeludo, e o cabelo foi raspado por parcos centímetros) e com a informação de que fiquei com aqueles dois pinos perto da orelha enquanto era operada para que o crânio não mexesse de jeito nenhum, só penso numa coisa: tô os corno do Frankenstein - calma, os parafusos foram só na cirurga, isto é só uma piada.

E lembrei, ato contínuo, de uma comédia com o Gene Wilder e o Marty Feldman - "O Jovem Frankenstein" -, que adoro. Boto uma cena aqui que é a versão debochada do que juro que senti nos primeiros minutos depois da operação: 'será que trocaram meu cérebro'?

Na cena, o jovem herdeiro do médico doido (Wilder) acaba de levar um bom dum susto ao "finalizar" seu "projeto" e mas ver que sua criatura era maluca. Aí, ele lembra que mandou o criado (Feldman) ao necrotério (acho) para buscar o cérebro que daria vida ao monstro. Ele desconfia de que algo está muito errado e pergunta se o cérebro era dum gênio, como ele tinha mandado a anta buscar. Claro que não era, e o fofo do criado manda na fuça do cientista perguntador que o cérebro era "de um tal de Ab". Pois "Ab" é o início da palavra inglesa "abnormal", que ele jurava ser o nome de alguém - eu tô com preguiça de ver agora, mas acho que ele acaba derrubando o vidro do cérebro que o Dr. Frankenstein manda buscar e improvisa.

Divirtam-se:

2 comentários:

Ed Martins disse...

Ela está de volta!!!! Não que eu não tivesse a certeza que isso ia acontecer, mas é sempre bom comemorar a volta de gente querida.

Seja bem-vinda, sócia!!!!

danusa disse...

OI ROZANE
SENTI FALTA. QUE BOM QUE VOLTOU!
MAS, SOSSEGUE UM POUCO, SE É QUE ISSO É POSSÍVEL, PARA SE RECUPERAR LOGO
BJS GRANDES PARA SEU PAI